A astaxantina – um carotenoide encontrado, principalmente, na alga H. pluvialis, mas também em frutos do mar e no óleo de krill – é conhecida por sua atividade antioxidante, mais potente do que o α-tocoferol e outros carotenoides, incluindo o β-caroteno. Ao contrário de outros antioxidantes, ela não é pró-oxidativa e possui muitos efeitos farmacológicos, incluindo atividades antitumorais, anticancerosas, antidiabéticas, antiateroscleróticas e anti-inflamatórias.
Entre a comunidade de corredores de longa distância e triatletas, a astaxantina é um suplemento já bem conhecido por seus benefícios cardiovasculares e para a saúde das juntas. Anos atrás, o Dr. Joseph Mercola a descreveu como “o suplemento número 1” para se tomar.
Em relação à saúde da pele, foi relatado anteriormente que a astaxantina previne a fotoceratite induzida por raios UV em camundongos por diminuir o estresse oxidativo nos olhos irradiados. Também, a sua administração oral melhorou a dermatite atópica através da regulação dos efeitos inflamatórios e expressão de citocinas inflamatórias em modelo murino. Em fibroblastos de pele humana cultivada, o carotenoide impediu danos induzidos por UVA no DNA. Portanto, uma dieta enriquecida com astaxantina parece contribuir para a prevenção de fotoenvelhecimento da pele (se houver seu acúmulo na pele). No entanto, não havia até o momento evidência sobre o seu efeito no fotoenvelhecimento cutâneo in vivo.
No estudo recentemente publicado em Plos One, Komatsu e colegas dividiram camundongos sem pelos em quatro grupos: o grupo “normal” foi alimentado normalmente e não exposto aos raios UVA; o grupo “controle” se alimentou normalmente e foi exposto aos raios UVA; e os outros dois grupos se alimentaram normalmente + suplementação de astaxantina a 0.01% ou 0.1%, sendo expostos aos raios UVA (grupos “baixa” e “alta dose” de astaxantina). Baseados no peso corporal, as doses fornecidas do suplemento no estudo se comparam em 20 a 200mg/dia para os humanos.
Após 70 dias, os pesquisadores descobriram que a concentração plasmática de astaxantina aumentou nos grupos suplementados, se acumulando na pele de maneira dose-dependente, ou seja, o grupo alta dose apresentou maior acúmulo. Esse acúmulo preveniu características de fotoenvelhecimento, tais como a perda de água transepidérmica (sigla inglesa, TEWL) e a formação de rugas na pele dorsal exposta à irradiação UVA. Análise adicional mostrou que o carotenoide alcançou tanto a derme quanto a epiderme dos animais.
“Tomados os resultados em conjunto, o nosso estudo indica os efeitos protetores da astaxantina contra o fotoenvelhecimento induzido por radiação UVA, como a função de barreira prejudicada e rugas na pele. Descobrimos que a astaxantina se acumula na pele e pode prevenir os efeitos da radiação do UVA no metabolismo da filagrina e descamação na epiderme e na matriz na derme. Nossos resultados sublinham o potencial para a astaxantina ser desenvolvida como um nutracêutico contra o fotoenvelhecimento”, concluem os autores do estudo.
Referência: Komatsu T, et al. Preventive effect of dietary astaxanthin on UVA-induced skin photoaging in hairless mice. Plos One, 2017. DOI: 10.1371/journal.pone.0171178
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